quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Futebol é alegria! Novo Brasil ataca forte e vence os Estados Unidos.

Velocidade, dribles, pedaladas, alegria... Os ingredientes que faltavam à Seleção Brasileira estão de volta. Pelo menos no primeiro amistoso da era Mano Menezes foi assim. Bem organizado defensivamente e ofensivo como nos bons tempos, o Brasil não teve trabalho para fazer 2 a 0 nos Estados Unidos nesta terça-feira.

O estádio New Meadowlands, em Nova Jersey, lotado de fãs com camisa amarelinha teve espaço até mesmo para gritos de olé para a equipe canarinho que contou em campo com Paulo Henrique Ganso, Neymar e Robinho. O trio que brilhou no Santos no primeiro semestre ainda estava reforçado por Alexandre Pato.

Foram dele e de Neymar, cotados para formarem a dupla em 2014, os primeiros gols do Brasil na era Mano. O santista, por sinal, se junta a outros craques brasileiros que marcaram em sua estreia com a camisa amarela, como Pelé, Zagallo, Jairzinho, Zico e Rivaldo. Apenas para citar os mais importantes deles.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Presença na lista inicial do técnico da Seleção tem sido bom negócio.


Em sua primeira convocação para a Seleção Brasileira, Mano Menezes deu chance a dez novatos. Os goleiros Renan e Jefferson, o lateral Rafael, os zagueiros Réver e David Luiz, os meias Ederson, Paulo Henrique Ganso e Jucilei, e os atacantes Neymar e André vão sentir a emoção de jogar com a amarelinha.

E estar na lista inicial de trabalho de um novo treinador da Seleção vem ganhando força nas últimas transições. Se em 1994, com Zagallo, e 1998, com Vanderlei Luxemburgo, poucos jogadores permaneceram no grupo e chegaram até a Copa seguinte, a situação mudou bastante nos dois últimos mundiais com Carlos Alberto Parreira e Dunga.

Após o Brasil conquistar o tetracampeonato em 1994, Zagallo assumiu o comando da Seleção e fez a primeira convocação para um amistoso contra a Iugoslávia, em Porto Alegre. Daqueles 22 jogadores chamados pelo Velho Lobo, somente cinco chegaram até a Copa do Mundo de 1998: Roberto Carlos, Aldair, Dunga, César Sampaio e Ronaldo.

O mesmo aconteceu no ciclo seguinte, que foi iniciado por Vanderlei Luxemburgo. Ele convocou a Seleção pela primeira vez também para um amistoso contra a Iugoslávia. E só cinco jogadores suportaram os quatro anos e apareceram na lista final de Luiz Felipe Scolari para a Copa de 2002: Rogério Ceni, Cafu, Emerson (que foi cortado), Rivaldo e Denílson.


A situação começou a mudar com a volta de Carlos Alberto Parreira para a Seleção em 2002. O treinador elaborou a lista inicial para um amistoso contra a China. E 13 dos 22 nomes escolhidos para aquela partida permaneceram no grupo e disputaram a Copa de 2006, na Alemanha. Ou seja, 56,5% dos jogadores: Julio César, Dida, Cafu, Roberto Carlos, Juan, Luisão, Gilberto Silva, Emerson, Zé Roberto, Juninho, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano.

Com Dunga, em 2006, o índice também foi alto. Do grupo convocado para o amistoso contra a Noruega, dez jogadores também disputaram a Copa do Mundo de 2010: Gomes, Maicon, Juan, Luizão, Lúcio, Gilberto, Gilberto Silva, Elano, Robinho, Júlio Batista.

Mano Menezes considera cedo para falar sobre o futuro. O treinador não teve como convocar vários jogadores que atuam no futebol europeu e ainda estão de férias. O primeiro desafio vai ser no dia 10 de agosto, contra os Estados Unidos, em Nova Jérsei.

Esta foi a melhor lista possível para o atual momento. Vamos ver com calma o que vai acontecer daqui para frente - disse o treinador.

País-sede da Copa de 2014, o Brasil já está classificado e não vai precisar disputar as eliminatórias. Por isso, Mano Menezes vai ter cuidado e critério na hora de escolher os adversários dos amistosos da seleção nos próximos quatro anos para conseguir avaliar bem os jogadores convocados.

A ausência de jogos oficiais com certeza é uma preocupação e ela vai precisar ser compensada. Precisamos ter cuidado com a escolha dos adversários que vamos enfrentar. Não estou falando só de seleções tradicionais.

Precisamos jogar contra equipes que imponham dificuldades para a Seleção, adversários tenham estilos de jogo que não gostamos de enfrentar. Que, por exemplo, abusem do corpo a corpo, que nós não gostamos, ou que atuem na retranca, como a Suíça fez na Copa de 2010. Temos de ser testados.

Brasil já tem logo para a Copa 2014.


A Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, já tem a sua logomarca. O desenho, nas cores verde, amarelo e vermelho, é inspirado na taça e foi aprovado por um grupo de notáveis que contava, entre outros, com a modelo Gisele Bündchen e a cantora Ivete Sangalo.

A versão colorida que foi registrada pela Fifa no OHMI (Office of Harmonization for the Internal Market - Escritório de Marcas e Registro de Design da União Europeia).

domingo, 4 de julho de 2010

CBF dispensa Dunga e anuncia novo treinador até o fim do mês.


A CBF oficializou há pouco, em nota publicada em seu site oficial, a dissolução da comissão técnica que comandou a seleção brasileira na Copa de 2010. Em linguagem seca e objetiva, a entidade oficializou a dispensa do técnico Dunga e de seus auxiliares.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, telefonou para Dunga para avisá-lo da dissolução da comissão técnica. Apesar de muita especulação,Teixeira ainda não escolheu o nome do técnico – mas decidiu - e anunciou - que vai fazê-lo até o fim do mês.

Além de Dunga, que desembarcou hoje em Porto Alegre dizendo que ainda iria conversar com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira para falar sobre o futuro, foram demitidos também o auxiliar Jorginho, o supervisor Américo Faria (na entidade desde 1989) e o médico José Luís Runco (que estava na seleção desde 2002).

O novo técnico, segundo fonte da entidade, terá a importante missão de renovar a seleção. Analisando a idade das seleções na Copa, os dirigentes perceberam que o Brasil era uma das seleções mais velhas da competição. Enquanto a Alemanha usou nove jogadores sub-23 e a Argentina usou sete, o Brasil tinha apenas um Ramires.

Mais o novo técnico da Seleção terá um trabalho diferente com um ciclo possivelmente mais extenso do que os tradicionais quatro anos que separam duas Copas. Por causa das Olimpíadas de 2016, a ideia da CBF é trabalhar para um ciclo de seis anos que começará ainda este ano com os cinco amistosos programados para 2010 (o primeiro já no dia 10 de agosto contra os Estados Unidos em Nova Jérsei).

Esse “ciclo de seis anos” incluirá pelo menos uma competição importante por ano. Em 2011, haverá Copa America e a seletiva para os Jogos Olímpicos de 2012. Em 2012, as Olimpíadas. Em 2013, Copa das Confederações no Brasil. Em 2014, a Copa no Brasil. Em 2015, Copa America, também no Brasil (embora haja especulação de que ela poderia mudar para o Chile). E, enfim, as Olimpíadas do Rio em 2016.

Por conta disso e da necessidade de renovação, ainda há uma dúvida na CBF sobre a contratação (ou não) de um técnico específico para a seleção olímpica, como já aconteceu no passado. Essa escolha vai depender do nome escolhido para comandar a seleção principal. Pode ser que o novo treinador queira comandar os dois times, ou escolher um nome de confiança para trabalhar os novos valores.


Dunga é aplaudido em Porto Alegre e deixa futuro na seleção em aberto.


De volta à terra natal, no Rio Grande do Sul, o técnico Dunga teve recepção calorosa ao desembarcar na manhã deste domingo no aeroporto Salgado Filho. Ele foi bastante aplaudido, distribuiu autógrafos, atendeu aos pedidos de fotos e, ao ser entrevistado, deixou seu futuro em aberto na seleção brasileira.

Agora vou descansar. Daqui a uma semana ou duas, quando o presidente (da CBF, Ricardo Teixeira) voltar da África do Sul, vamos conversar. O meu projeto era de quatro anos e falei desde o inicio que iria depender daquilo que o presidente conversar comigo - afirmou o treinador, que chegou à cidade com os preparadores físicos Paulo Paixão e Fábio Mahseredjian.

Dunga disse que a manifestação de apoio é a aprovação ao trabalho realizado após a Copa de 2006. Voltou a falar que os seus jogadores conseguiram resgatar o amor à seleção e disse que ela se pareceu com o povo brasileiro, com um perfil trabalhador. E afirmou que, depois de ver o primeiro tempo contra a Holanda, tinha esperança de seguir no Mundial.

O trabalho foi o planejado, mas a sensação é que um pedaço nosso ficou na África do Sul. Tudo estava correndo bem dentro do que pensamos, mas isso é futebol. Pelo primeiro tempo que o Brasil havia jogado, tínhamos esperança de passar. Mas em duas bolas paradas, que eram nosso forte, aconteceu a desclassificação.

Dunga chegou a Porto Alegre por volta de 11h30m, duas horas depois do previsto, porque o aeroporto esteve fechado por toda a manhã por causa da neblina. Ele esperou em Florianópolis e foi em direção à capital gaúcha num jatinho fretado. Desceu na pista do Salgado Filho e pegou uma van até a entrada do aeroporto, para falar com os jornalistas que esperavam por ele.

As entrevistas chamaram a atenção do público, que se aproximou do técnico para pedir fotos e autógrafos. Vim aqui para dar meu apoio ao Dunga, que fez um excelente trabalho. Quero que ele continue. As pessoas têm que entender que ganhar e perder faz parte do jogo - afirmou o taxista Newton Boanova, que foi ao aeroporto com um carro todo iluminado por fora, o "táxi do Papai Noel", como ele chama.

Kaká não esconde decepção: 'Derrota doeu muito mais do que a de 2006'.


Com olhos vermelhos e bastante inchados, Kaká não conseguia esconder o abatimento com a eliminação da seleção brasileira nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul. Um dos líderes do grupo, o meia estava bastante abatido e admitiu que a dor da derrota por 2 a 1 para a Holanda, nesta sexta-feira, em Porto Elizabeth, é maior do que a sentida em 2006, quando o Brasil fracassou diante da França, em Frankfurt, na Alemanha.

A derrota doeu muito, muito mais do que em 2006. Muito mais. É difícil falar. A dor é muito grande. Por tudo o que eu queria viver aqui... e tinha imaginado - disse o meia. Melhor jogador do mundo em 2007, Kaká vem sofrendo com os problemas físicos, entre eles uma lesão no púbis. O meia se esforçou para se recuperar a tempo de disputar o Mundial.

Não tem muito o que dizer em um momento como este. Copa do Mundo é isso aí. Uma expectativa que se cria. Paciência. Vamos esperar mais quatro anos, aqueles que tiverem. Não sei... realmente não sei o que vai acontecer daqui para frente. É um momento muito difícil. Minha carreira, minha vida. Um momento delicado.

O camisa 10 lamentou os gols sofridos pela seleção brasileira no segundo tempo em jogadas de bola parada. Estamos sentindo muito esta derrota, por tudo o que fizemos, por onde pensamos que iríamos chegar. Dói bastante. Dói porque em uma Copa do Mundo são detalhes. Duas bolas paradas nos tiraram de uma Copa do Mundo.

Brasil Perde, Julio Cesar desabafa: 'O que mais dói é ver o Gilberto Silva chorando'.


Após uma noite maldormida, os jogadores da seleção brasileira demonstraram abatimento no dia seguinte à eliminação da Copa do Mundo, com a derrota por 2 a 1 para a Holanda. Antes de deixarem o hotel em Porto Elizabeth, atletas e integrantes da comissão técnica se encontraram no saguão e demonstraram tristeza com o adeus ao Mundial.

Visivelmente um dos mais tristes, o goleiro Julio Cesar estava inconformado: além de sua frustração pessoal, lembrava o fato de que alguns dos companheiros tiveram em 2010 a última chance de disputar uma Copa do Mundo.

Isso é que dói mais. Ver um Gilberto Silva, um pentacampeão do mundo, chorando daquele jeito. Ele e esse grupo não mereciam passar por isso - lamentou, em entrevista ao site oficial da CBF. Gilberto, Juan e Elano completavam a roda de conversa e, por mais que procurassem evitar, os lances do jogo vinham à tona.


Juan, aquela bola do primeiro gol saiu de uma falta curta. A gente treinou tanto isso - lembrou o goleiro, que reconheceu que o time sentiu muito o gol de empate da Holanda. - Cheguei a pensar que faríamos o segundo gol. Mas logo vi que o time tinha sentido demais o gol, que se abateu em campo.

Além da decepção pessoal, os jogadores lamentavam também não ter podido dar ao povo brasileiro a alegria de poder comemorar o hexacampeonato.

A gente fica triste pelas pessoas, que torceram tanto pela gente, que sonharam tanto com esse título. Mas eles podem estar certos de que fizemos de tudo para retribuir o apoio que recebemos - disse Julio Cesar.